O "crime da moda": Celulares roubados alimentam epidemia de crimes virtuais no Brasil

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Foto: Pixbay

Em 2023, um total de 999.223 celulares foram roubados ou furtados no país

Recentes dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam uma escalada alarmante no roubo e furto de celulares no Brasil, uma tendência que tem implicações diretas no aumento dos crimes virtuais. Em 2023, um total de 999.223 celulares foram roubados ou furtados no país, representando um aumento significativo de 16,6% em comparação com o ano de 2021.


O furto de celulares não se limita apenas à perda material; é uma porta de entrada para uma onda de crimes virtuais, nos quais os criminosos utilizam os dados das vítimas para aplicar golpes e realizar transferências indevidas das contas bancárias das pessoas afetadas.


Os números são preocupantes, pois refletem diretamente em um aumento acentuado nos casos de estelionato. Em 2023, foram registrados 1.819.409 casos de estelionato no Brasil, representando um crescimento de 326,3% desde 2018. Os criminosos estão cada vez mais sofisticados, explorando informações obtidas nos dispositivos roubados para realizar atividades fraudulentas.


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O cenário das fraudes eletrônicas também é alarmante, com 200.322 registros somente no ano de 2022, o equivalente a uma média de 208 ocorrências virtuais por hora. Esses crimes eletrônicos não apenas causam prejuízos financeiros às vítimas, mas também abalam a confiança na segurança digital, criando um ambiente desafiador para a sociedade e as autoridades.


O cenário das fraudes eletrônicas também é alarmante, com 200.322 registros somente no ano de 2022, o equivalente a uma média de 208 ocorrências virtuais por hora. Esses crimes eletrônicos não apenas causam prejuízos financeiros às vítimas, mas também abalam a confiança na segurança digital, criando um ambiente desafiador para a sociedade e as autoridades.


O fenômeno dos celulares furtados e roubados não se limita apenas ao impacto nas vítimas externas; muitas vezes, esses dispositivos são utilizados por criminosos dentro de penitenciárias. Dentro dos presídios, os aparelhos se tornam ferramentas para a aplicação de golpes e emissão de ordens que alcançam comparsas do lado externo. Apesar das frequentes operações de apreensão desse material, a entrada de celulares nas casas prisionais persiste, destacando a complexidade do desafio. A expectativa da população por medidas efetivas é evidente, e a instalação de bloqueadores de sinal emerge como uma necessidade aguardada para conter essa prática e garantir maior segurança à sociedade.


No entanto, nem todos os indicadores apresentam uma tendência de alta. Houve uma diminuição notável em crimes tradicionais, como roubos a instituições financeiras, registrando uma queda de 21,9%. Estabelecimentos comerciais também experimentaram uma redução de 16,6%.


Outros dados positivos incluem uma diminuição de 4,4% nos roubos de cargas, indicando esforços bem-sucedidos para combater esse tipo específico de crime. O roubo a pedestres também apresentou uma redução de 4,4%, sinalizando avanços nas estratégias de segurança urbana.


No âmbito residencial, a queda de 13,3% nos roubos a residências é um alívio para os cidadãos, indicando uma melhoria nas medidas de segurança domiciliar implementadas.


Apesar desses pontos positivos, a conexão entre o aumento do roubo de celulares e o crescimento exponencial dos crimes virtuais destaca a necessidade urgente de ações coordenadas entre setores público e privado. A proteção contra crimes virtuais não se limita apenas à segurança individual, mas é crucial para a integridade do ambiente digital do país.

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